Benchmarking na advocacia: saiba como fazer e colocar em prática

20/05/2021
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23/09/2022
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6 minutos

Ter uma boa referência do que é praticado no mercado é fundamental para o crescimento de qualquer negócio. E por isso, hoje vamos falar sobre o benchmarking na advocacia e como você pode aplicá-lo no seu escritório. 

Planejamento, estratégias e posicionamento no mercado são passos importantes também dentro da advocacia. E é por esse motivo que cada vez mais escritórios jurídicos investem em benchmarking. Mas o que isso significa de fato?  

Neste artigo, você vai entender o que é o benchmarking no direito, a sua importância para uma advocacia mais assertiva e como ele deve ser feito e colocado em prática. 

Vamos lá? Para te ajudar, separamos o artigo por tópicos, então é só clicar no que mais te interessa e ir direto ao ponto! 

Navegue pelo conteúdo:

O que é o benchmarking na advocacia? 

De forma mais direta, o benchmarking é uma tática de pesquisa de mercado e muito utilizada no empreendedorismo jurídico, buscando referências do que é praticado e gera resultados.

Ou seja, no direito seria justamente comparar as práticas do seu escritório com as operações e processos internos que são praticados nos concorrentes. Esses escritórios podem ser classificados como pontos de referência. 

Mas, você pode estar se perguntando: como esses escritórios e profissionais se tornam referência?

E a resposta é: pelo mesmo motivo que profissionais e negócios de qualquer área se tornam referências, melhoria e crescimento constante. E é por isso que o benchmarking na advocacia é extremamente importante, pois ele mede a  qualidade, eficiência e até a satisfação dos  clientes. 

Entretanto, é necessário dizer que a prática não diz respeito simplesmente copiar o que a concorrência faz, mas se inspirar em boas práticas. Transpondo e implementando na sua realidade, de maneira crítica.

Desta maneira, com o benchmarking, não só escritórios, mas também departamentos jurídicos de empresas podem otimizar suas ações se tornando muito mais efetivos. 

Benefícios do Benchmarking na advocacia 

O principal benefício de aplicar o benchmarking na advocacia é o crescimento do seu negócio, seja ele um escritório ou um departamento jurídico de uma empresa. 

É claro que é necessário, não apenas fazer o benchmarking para ver o seu negócio alçar novos voos, mas aplicar as técnicas na prática. Mas isso é assunto para os próximos tópicos… 

Voltando aos benefícios, é relevante citar o profundo conhecimento do seu próprio negócio e o que vem sendo praticado, principalmente práticas que devem ser abolidas ou melhoradas. Neste sentido, você vai entender os caminhos que está traçando e se esse é o caminho que deseja. 

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Outro benefício de executar o benchmarking é a diminuição dos riscos em apostar em estratégias pouco eficientes. O que diminui a frustração do time, que na mesma medida se torna mais produtivo e motivado.

E um time feliz é sinônimo de empresa saudável e crescimento de clientes e lucros. 

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Quais são os tipos de Benchmarking? 

Antes de partirmos para as técnicas do benchmarking na advocacia de fato, é preciso explicar quais são os tipos existentes. Cada modelo de benchmarking vai depender muito do objetivo buscado para o negócio. 

Os três principais tipos de benchmarking são: 

Competitivo: Neste modelo a atenção recai inteiramente sobre a concorrência. Tendo como objetivo identificar tendências e práticas, para assim aprimorar as suas próprias operações e sistemas. Esse é também o modelo mais clássico, apesar de difícil de ser executado, pois nem sempre é fácil ter acesso a procedimentos das empresas. 

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Cooperativo: Você é muito bom em uma determinada área, mas quer se especializar na área que o concorrente é especialista. O seu concorrente também tem que se especializar na sua área, neste caso vocês podem fechar uma parceria e estudar um o modelo e práticas do negócio do outro. Cooperação entre empresas existe! 

Funcional: Neste modelo o objetivo é melhorar exclusivamente práticas operacionais e, diferentemente dos outros, a análise não se restringe a negócios do mesmo ramo que o seu. Na verdade, quanto mais diferente é o nicho,mais ideias podem surgir. É claro que é preciso filtrar o que pode se adaptar ao seu negócio. 

Agora que você já conhece o conceito de benchmarking e os principais tipos dessa técnica, chegou a hora de partirmos para a prática. No próximo tópico vamos falar sobre como de fato fazer o benchmarking na advocacia e aplicá-lo. Vamos lá?! 

Como fazer o Benchmarking na Advocacia e implementá-lo 

Chegamos ao principal tópico do nosso artigo e para facilitar ainda mais a compreensão, dividimos o processo de execução do Benchmarking em 5 fases. 

1. Defina de objetivo e faça uma análise interna

A primeira fase da elaboração do benchmarking na advocacia é a definição do objetivo e para isso é preciso fazer uma análise interna. Em quais aspectos o seu escritório ou departamento precisam melhorar? Vocês precisam reforçar o marketing jurídico, melhorar o atendimento ou até mesmo otimizar o trabalho? Para esta definição, se concentre nas atividades diárias, processos e práticas que têm gerado perdas. 

2. Identifique as referências

Após a análise interna é preciso identificar quais são as empresas e negócios que desejam ter como referência para a comparação. Como falamos anteriormente, essa comparação pode ser feita também com negócios de nichos dependendo do modelo escolhido. Liste de três a quatro empresas para essa comparação. 

3. Pesquise e colete de dados

Nesta fase acontece a pesquisa e a coleta dos dados que servirão para a comparação. Para isso, você pode usar várias fontes como notícias, artigos, site, blogs e até eventos em que as empresas de referência participaram ou até mesmo promoveram. Usar seu networking pode ser interessante também: converse com parceiros para saber como eles otimizam a criação de peças processuais, argumentos jurídicos e acompanhamentos dos processos, por exemplo.

4. Analise os dedos e inicie a comparação 

Aqui o benchmarking começou de fato, pois os dados foram coletados e agora é hora de analisar e comparar. Lembrando que essa comparação não deve ser feita com o objetivo de copiar, mas sim analisar criticamente os cases de sucesso e, por fim, trazê-los para a sua realidade. O objetivo deve ser melhorar, sempre! 

5. Elabore um plano de ação e execução 

Após toda a análise dos pontos de melhoria e comparação, chegou a hora de traçar o plano de ação. Faça um planejamento com etapas: o que precisa ser melhorado, por que deve ser melhorado e quais os esforços necessários. Entretanto, depois dos planejamentos é preciso colocar em ação e avaliar os resultados sempre. 

Pode parecer complexo para quem está conhecendo o assunto agora, mas é muito provável que você já tenha feito benchmarking aí no seu negócio, mesmo sem conhecer o termo. E quem já se aprofundou no assunto, está na hora de colocar em prática! 

Gostou das dicas? Pronto para fazer e aplicar o Benchmarking jurídico? Agora é com você! 

Artigo produzido em parceria com o IDP EdTech.

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