Trabalhar em um departamento jurídico é sempre uma tarefa árdua. Além do volume e pontualidade do trabalho exercido, é necessário superar as barreiras internas que muitas empresas (mesmo as grandes) ainda possuem.
Afinal, como o setor trabalha na mitigação de riscos, os resultados apresentados serão sempre “menos danosos” e não, matematicamente falando, positivos. Isso pode entrar em conflito com a visão de lucro de um negócio que não entende exatamente qual o papel do jurídico na organização.
Só para exemplificar, basta citar o famigerado contencioso, peça nuclear do trabalho de um gerente jurídico.
Calcular as provisões, ou seja, se preparar para eventuais perdas litigiosas, parece, para a lógica estratégica do negócio, ser algo como se preocupar com ‘o que já passou’, como se ‘batalhas judiciais’ para recuperar alguma ação soassem como ‘corrigir aquilo que deu errado’. Isso parece destoante de valores como ‘olhar sempre pra frente’, muito comum no mercado.
Para a empresa, apenas uma parcela muito pequena dos processos, aquela vital para os negócios, é interessante acompanhar. O restante é “dispensável”.
Em contrapartida, para a conformidade da empresa estar em dia e suas finanças sob controle, é necessário olhar para cada mínimo detalhe, provisionar todos os processos, até mesmo aquele de baixa relevância. Isso, claro, é de conhecimento do jurídico. Mas e para os outros gerentes do departamento? Aqui vão três dicas de alinhamento.
Primeiro de tudo, refinar a comunicação interna. Uma pesquisa realizada pela consultoria brasileira Deloitte, mostra que os funcionários de empresas estão mais insatisfeitos com a comunicação interna do que com o próprio salário.
Entre 78% e 80% das pessoas estão mal informadas sobre as ações da empresa. E, como já dito até aqui, desinformação é um peso para o trabalho de departamentos jurídicos.
Geralmente os gastos do jurídico compartilham outros centros de custo (como do setor comercial, do T.I e do RH), devido às horas trabalhadas que estes profissionais têm de dispensar para analisar contratos, validar compras, solicitar documentos.
Um relatório que deixe isso bem transparente, a quantidade de horas do jurídico trabalhadas para outros departamentos, deve ser apresentado não apenas para a gerência geral da empresa, mas para a de todos os setores. O que nos leva para diretamente para a segunda sugestão.
Qual a perspectiva dos relatórios que o jurídico vem entregando?O exemplo anterior (de Centro de Custos) é clássico. Desmistifica o fato do setor jurídico ser apenas um ‘gasto a mais’ para a empresa.
Com um software jurídico para departamentos jurídicos, como o ProJuris para Empresas, por exemplo, é possível gerar relatórios de forma inteligente, já que o sistema dispõe mais de 20 opções – além de parametrizações que se adequem à realidade da empresa.
Perdas e ganhos por natureza, por Estado, por terceiro. Todos estes indicadores colocam o jurídico num patamar estratégico, ou seja, um gerador de potenciais insights de atuação interna e externa.
Outro fator importante, é mostrar uma governabilidade firme. Mesmo que o departamento jurídico hoje não seja o único responsável pelo Compliance de uma empresa, que hoje conta com a participação de outros setores, é ele o principal conhecedor dos instrumentos legais.
Um desafio recorrente num departamento é convencer a empresa de investir em prevenção (com informações subsidiadas inclusive pelos relatórios mencionados no item anterior). Este é um passo importante, já que, no fim das contas, deixar de perder dinheiro é ganhá-lo.
O jurídico ainda conta com um contexto favorável às ações de governança, tendo em vista que, em 1º de agosto de 2013, foi institucionalizada a Lei n. 12.846, ou como popularmente é conhecida: a Lei anticorrupção.
Além de, claro, operações federais como a Lava Jato terem “levantado as orelhas” das empresas para práticas de governança. O resultado? Lucro. Os fundos de investimentos, private equity, venture capital, têm condicionado investimentos às organizações a programas de compliance.
Além, claro, que ‘ser uma empresa transparente’ motiva muito mais os profissionais a trabalharem nela. Isso gera confiança na organização e, consequentemente, no jurídico.
O jurídico ainda conta com um contexto favorável às ações de governança, tendo em vista que, em 1º de agosto de 2013, foi institucionalizada a Lei n. 12.846, ou como popularmente é conhecida: a Lei anticorrupção. Além de, claro, operações federais como a Lava Jato terem “levantado as orelhas” das empresas para práticas de governança.
O resultado? Lucro. Os fundos de investimentos, private equity, venture capital, têm condicionado investimentos às organizações a programas de compliance. Além, claro, que ‘ser uma empresa transparente’ motiva muito mais os profissionais a trabalharem nela. Isso gera confiança na organização e, consequentemente, no jurídico.
Autor: Tiago Fachini
- Mais de 300 mil ouvidas no JurisCast e Debate Legal
- Mais de 1.100 artigos publicados no Jurídico de Resultados
- Especialista em Marketing Jurídico
- Palestrante, professor e um apaixonado por um mundo jurídico cada vez mais inteligente e eficiente.
Está td muito bem , td muito bem , até q vcs verifiquem
Quem é a maluca q vcs estão contratando pra fazer audiência… a mulher é mal educada , sem ética , grossa , gritona , falta-lhe conhecimento