Legal Analytics: como analisar dados em setores jurídicos

30/08/2021
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15/05/2023
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7 minutos

Não é de hoje que o mundo jurídico tem passado por diversas mudanças tecnológicas. Podemos observar uma crescente utilização de sistemas de gestão jurídica, metodologias e processos como o Legal Analytics, Business Intelligence, e outras inovações tecnológicas como a Inteligência Artificial na advocacia.

Essas mudanças trouxeram também novas maneiras fazer gestão em escritório de advocacia. Isso porque, com novas tecnologias, além da otimização do trabalho, os advogados e advogadas passaram a gastar mais tempo em ações estratégicas e análise de dados. Ou seja, a parte intelectual do trabalho ganhou ainda mais destaque. Isso ocorreu principalmente por conta de alguns processos que abordaremos neste artigo. Confira!

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Você já ouviu falar em empresas Data Driven? O nome é cada vez mais comum no mundo corporativo, e indica, basicamente que a empresa se guia por dados. Portanto, se antes as ações de uma empresa eram tomadas com base na experiência dos gestores, hoje, ferramentas de captação, armazenamento e tratamento de dados apresentam números que facilitam a interpretação, análise e a tomada de decisão. No Direito essa prática também têm se tornado comum, e recebeu o nome de Legal Analytics.

Mas o que é exatamente isso?

Como dito, então, Legal Analytics nada mais é do que a aplicação do Business Intelligence (BI) na advocacia. Isto é, a aplicação de soluções que apresentam dados e estimulam os insights sobre determinado assunto, contribuindo para que advogados e gestores jurídicos atuem de maneira mais estratégica.

O que é Business Intelligence?

Apesar de muitas pessoas acreditarem que o Business Intelligence é um sistema, que apresenta gráficos e indicadores, essa crença é equivocada. Na realidade, apesar de existirem sistemas, o BI é, na realidade, um processo, que orientado pela tecnologia contribui com a tomada de decisão de gestores.

Diferente também do que muita gente acredita, o BI é um processo antigo, que surgiu na década de 50 e se popularizou na década de 70. No entanto, é fato que o BI, hoje, conta com diversas tecnologias como a Inteligência artificial e a BigData.

Qual a diferença entre Business Intelligence e Business Analytics?

O Business Analytics é comumente confundido com o Business Intelligence, afinal, são processos similares. No entanto, eles não são a mesma coisa. Na realidade, um é a evolução do outro, isto é, o Business Analytics é uma evolução do BI.

Isso não significa que o BI esteja ultrapassado, longe disso. Na realidade, apesar de um ser a evolução do outros, eles são metodologias diferentes. Enquanto o BI é utilizado para análise de resultados e elaboração de estratégias, o BA envolve outros recursos, sendo, portanto, muito mais abrangente.

O objetivo geral do Business Analytics é propor, com base em diversos tipos de dados, abordagens diferentes para o negócio.

Qual a diferença do Business Intelligence para a jurimetria?

Outro método bastante confundido com o BI, com o BA e com o Legal Analytics é a jurimetria. A Jurimetria, nada mais é do que a realização de análises estatísticas. Ocorre que, os outros métodos podem ser aplicados em empresas de qualquer tipo. Já a Jurimetria auxilia diretamente o advogado e advogada quanto a informações de processos judiciais e extrajudiciais. Em resumo, a jurimetria é o estudo estatístico aplicado à área do Direito.

Agora que você já entendeu um pouco dos conceitos, voltemos a falar sobre o Legal Analytics.

Como você pôde observar, utilizar Legal Analytics em seu escritório pode trazer inúmeras vantagens quando pensamos em tomar decisões estratégicas mais assertivas. No entanto, não são essas as únicas vantagens desse método.

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Utilizando Legal Analytics você consegue também aumentar a produtividade no seu escritório de advocacia. Veja, quanto tempo você ou seus colaboradores já não passaram coletando dados importantes sobre clientes e inserindo-os em planilhas para depois analisar o caso? Ou então, quantas vezes você gastou um tempão nessa atividade e acabou não conseguindo se prepara direito para uma audiência?

Com o Legal Analytics esse tempo é otimizado, ainda mais se você utiliza um software que apresente os dados mais facilmente. Utilizando essa metodologia o tempo gasto para analisar dados é muito menor, e você pode, então, se dedicar a elaboração de teses e outras atividades mais intelectuais.

Além disso, a margem de erros com esse método é bem menor e as informações ficam muito mais seguras, ainda mais para quem utiliza softwares jurídicos com armazenamento na nuvem, como é o caso do Projuris ADV.

Isso sem contar que, com a facilidade na captação e análise dos dados, você pode criar a sua própria jurimetria, e fazer, portanto, uma análise preditiva de decisões favoráveis dos seus casos.

E claro, utilizar Legal Analytics é essencial para visualizar os próximos passos do seu negócio. Com dados mais corretos, você consegue identificar exatamente para aonde ir, quais os gaps do seu escritório ou departamento jurídico precisam ser corrigidos, etc.

Os benefícios de utilizar o Legal Analytics são inúmeros, no entanto, para começar a utilizar esse método é necessário mudar a cultura do escritório de advocacia ou departamento jurídico.

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É importante que os colaboradores passem a ter uma visão mais guiada por dados e possam contribuir com a construção das estratégias de crescimento do negócio. Para isso, é necessário começar a implementação da ideia e da cultura do Legal Analytics e Data Driven em seu escritório. Veja como fazer isso nos tópicos que seguem.

1 – Implementando a cultura

O primeiro passo para implementar a cultura Data Driven é que os colaboradores entendam o que é, quais os benefícios, e, porque a empresa passará por essa renovação. É importante ainda que eles entendam a vantagem da mudança em suas vidas pessoais. Por exemplo, você pode utilizar como argumento para aumentar o engajamento nessa transformação o fato de que o advogado terá mais tempo. Isso porque, com a otimização do tempo e aumento da produtividade, a necessidade de fazer várias horas extra, deixa de existir, assim, o advogado ou a advogada consegue passar mais tempo com a família.

Além disso, é importante que a empresa tenha um vasto conhecimento no assunto. Portanto, você deve sugerir, contratar e incentivar a realização de cursos, palestras, leituras, etc, que abordem o tema.

2 – Coleta de dados

Não é possível ser um Data Driven Lawyer sem dados.

Não existe a possibilidade de implementar um Legal Analytics sem ter o que analisar. Dessa maneira, busque variedades de dados e maneiras de captá-los no setor jurídico. Faça benchmarkings e descubra quais sistemas existem para a captura e tratamento de dados. Veja qual se adequa a sua realidade, e mais importante, comece a capturar os dados.

Com algumas plataformas é fácil manter a relação de dados e interações que um possível cliente faz com seus conteúdos.

Após os dados coletados, comece o tratamento. Faça um sistema de clusterização ou segmentação de clientes. Identifique pontos em comum. Isso irá facilitar muito na hora de encontrar não só as soluções, como também, as semelhanças entre os processos judiciais ou extrajudiciais.

3 – Saiba interpretar dados

Por fim, é essencial que você saiba como fazer a análise de dados de maneira assertiva. Isso só será possível a partir de muito estudo, mas um dia, se tornará tão fácil que você rapidamente saberá que ação deve tomar ao se deparar com um caso x. 

Gostou do conteúdo? E quer saber mais sobre Business Intelligence e vantagens de um sistema que contribua com a implementação do Legal Analytics em seu escritório de advocacia ou departamento jurídico? Conheça, então, a nossa parceria com a LawVision.

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