ESG: o que é, para que serve e como implementar na sua empresa

06/09/2021
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14/12/2023
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9 minutos

ESG diz respeito à implementação de critérios ambientais, sociais e de governança corporativa pelas empresas. Entenda tudo sobre a estratégia, e o papel do jurídico na sua implementação.

Nos últimos anos, os consumidores tornaram-se ainda mais conscientes e exigentes com relação às práticas das empresas.

Por conta disso, aspectos como a preocupação com o meio ambiente, com a sociedade em geral, o bem-estar no trabalho e a transparência das práticas corporativas tornaram-se pauta necessária na gestão empresarial.

E, com isso, o termo “ESG” ganhou espaço não somente no mercado brasileiro, como também no mundo todo. Neste artigo, abordaremos tudo sobre ESG, como implementá-lo e como a tecnologia pode auxiliar nesse percurso. Confira!

O que é ESG?

ESG é uma sigla proveniente do termo em inglês “Environmental, Social and Governance” e diz respeito a critérios ambientais, sociais e de governança corporativa colocados em prática e mensurados pelas empresas.

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Por conta do amplo impacto proveniente desses critérios, o ESG constitui um fato de análise por parte dos consumidores e investidores na hora de optar por produtos, serviços ou ações nas quais investir.

Assim, os stakeholders passam a levar em contra práticas como:

  • Ambiental: compromisso da empresa com redução de desperdícios, emissão de gases carbonos, poluição, e ações em prol da reciclagem, reutilização de materiais e insumos, entre outras;
  • Social: ações em prol da diversidade e erradicação de discriminação, assédio e diferença salarial entre gêneros, ações visando beneficiar a comunidade local, entre outras;
  • Governança: organização de conselhos, estruturação e hierarquia da empresa, criação de políticas internas e canais de denúncia, entre outras.
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Como o ESG surgiu?

O surgimento do termo ESG está atrelado à outra sigla: SRI (Socially Responsible Investing), traduzida como investimento socialmente responsável.

Existem indícios de que os ideais de SRI tenham surgido em 1758, quando os Quakers da Filadélfia proibiram seus membros de participarem da negociação de escravos.

Na história recente, o termo ganhou destaque entre 1970 e 1980, quando as empresas passaram a vetar negociações com organizações da África do Sul, por conta do apartheid.

Desde lá, a aplicabilidade do SRI se expandiu, acrescentando-se práticas voltadas para a sustentabilidade ambiental.

Isso culminou no surgimento de indicadores de responsabilidade social, como o MSCI KLD 400 Social Index, com objetivo de auxiliar os stakeholders a avaliar fatores sociais e ambientais na hora de escolher onde investir.

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Com a evolução do SRI, novos conceitos foram surgindo e se unindo ao seu ideal, dentre eles o ESG.

Assim, tem-se que a sigla ESG foi mencionada inicialmente em 2005, no relatório Who Cares Wins, resultante de uma iniciativa da ONU envolvendo vários países, que visava definir diretrizes globais para boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa.

Para que serve ESG?

Diante da amplitude dos critérios de ESG, nota-se que seu objetivo é medir a consciência das organizações no tocante aos seus ativos tangíveis e intangíveis que se relacionam com aspectos ambientais, sociais e de governança.

Com isso, o ESG é utilizado como indicador e métrica de ações e resultados, e tem papel primordial na mensuração do valor da empresa como um todo.

Além disso, também é levado em conta pelos investidores e consumidores como fator decisivo no papel de escolha para investimentos e aquisição de produtos ou serviços.

O mesmo pode ser observado nas relações entre empresas. Uma organização mais consciente terá maior cuidado em suas negociações, investigando a forma com que os demais envolvidos atuam e se também se preocupam com os critérios de ESG dentro da sua corporação.

Qual a importância do ESG?

Como se pode perceber, os critérios de ESG podem impactar não somente a organização que os coloca em prática, como, também, os cidadãos, independentemente de estarem na comunidade local ou do outro lado do planeta.

Veja, a seguir, a importância do ESG para cada um deles.

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Empresas

Para as empresas, como visto, o ESG é muito mais do que “boas práticas” a serem seguidas. São, em verdade, indicadores e métricas que influenciam diretamente nos seus resultados.

Isso ocorre porque o sucesso de muitas de suas metas e objetivos está atrelado à implementação de condutas em prol do ESG, pois são fatores de análise e escolha por parte dos stakeholders.

Desta forma, alcançar X vendas em um mês ou X aportes em reais de investimento pode depender do quanto sua empresa segue e aplica os critérios de ESG.

Cidadãos

Quanto aos cidadãos, percebe-se que o ESG influencia diretamente na qualidade de vida da sociedade.

Isso diz respeito não somente aos aspectos ambientais, como qualidade do ar, das águas, da proteção de florestas e da fauna em geral. 

O aspecto “social”, integrante do termo ESG, atua como mitigador de discriminações e potencializador de condutas afirmativas e de igualdade, visando a integração de toda a sociedade no âmbito corporativo.

Além disso, as práticas de ESG contribuem para criar um bem-estar social e no ambiente corporativo, tornando a empresa um lugar agradável, correto e justo de se trabalhar.

Como implementar ESG nas empresas?

Se a sua organização ainda não implementou critérios de ESG na operação, ou sente que ainda não realiza práticas suficientes a respeito do tema, é hora de colocá-lo em ação.

1. Entenda o conceito e a amplitude do ESG

O primeiro passo, antes de tudo, é compreender o que é o ESG, os critérios e práticas que ele envolve. 

Ter esse conhecimento é necessário, uma vez que, a partir do momento em que novas medidas forem implementadas em sua empresa, você terá de envolver outros colaboradores, profissionais, e prestar informações sobre as mudanças.

Assim, independentemente de quem seja o porta-voz da sua empresa e de cada um dos departamentos, ter um conhecimento sobre o ESG é importante para que a estratégia seja implementada de forma integral na organização.

2. Crie um conselho de ESG

Uma vez identificada a necessidade de implementar os critérios de ESG na empresa, é hora de definir os responsáveis pela criação da estratégia.

Para isso, recomenda-se a criação de um conselho de ESG, com representantes de diferentes setores, de minorias, prezando pela diversidade, e, se for o caso, com a contratação de profissionais para liderar o projeto.

Após a escolha de seus integrantes, é preciso definir as responsabilidades de cada um, metas, objetivos e prazos de implementação da estratégia.

3. Use o compliance para revisar práticas já existentes

Uma das atividades que pode ser atribuída ao conselho de ESG é a revisão das práticas já existentes na empresa, no que diz respeito ao meio ambiente, à sociedade e à governança corporativa.

Para fazer isso, contar com programas de compliance é essencial. Por meio dessa estratégia, são revisadas as políticas internas da empresa, os procedimentos e atuações de cada departamento, a fim de torná-lo em conformidade com a lei.

Nesse percurso, é possível inserir o ESG no compliance e adequar a sua empresa aos aspectos condizentes com esses critérios.

4. Crie novas práticas e indicadores

Depois de conhecer quais práticas sua organização já pratica com relação ao ESG, é hora de definir novas estratégias e indicadores.

Neste momento, o conselho de ESG pode contar com ajuda especializada, se for o caso.

Procure incluir práticas correspondentes a cada aspecto do ESG, criando um cronograma de implantação, objetivos e formas de mensurar o resultado de cada uma dessas práticas.

Divulgar as novas ações da empresa para os stakeholders também é uma medida a ser considerada nesta etapa.

5. Realize ações de conscientização dos colaboradores

Independentemente de estar no seu projeto, é primordial que você realize ações de conscientização relacionadas ao ESG a todos os colaboradores.

Ao fazer isso, facilita-se a implementação da estratégia e cria-se uma consciência coletiva sobre os benefícios que o ESG pode trazer para a empresa, para a sociedade e para o meio ambiente.

Além disso, contar com os colaboradores contribui para que o projeto de ESG seja mantido ao longo do tempo e que seus benefícios se perpetuem.

6. Atue com transparência e controle

Conforme já mencionado, atuar com transparência dentro e fora da empresa é uma das boas práticas do ESG.

Ao fazer isso, você informa que sua organização se preocupa com questões sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que busca manter a ética e a legalidade na estrutura e hierarquia corporativa.

Com isso, você agregará mais valor a sua empresa aos olhos dos consumidores e investidores.

Agora você já sabe quais são as vertentes do ESG e que cada letra da sigla define boas práticas voltadas para o meio ambiente, sociedade e governança.

Como é de se imaginar, não é fácil manter controle de todas as etapas desse processo. Por isso, contar com uma tecnologia legal é peça-chave é fundamental para fazer isso de forma eficiente.

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  • Acompanha todos os aspectos societários da sua empresa, como organização e composição de conselhos, realização de assembleias e mandatos;
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Perguntas frequentes sobre ESG

O que é ESG?

ESG é uma sigla proveniente do termo em inglês “Environmental, Social and Governance” e diz respeito a critérios ambientais, sociais e de governança corporativa colocados em prática e mensurados pelas empresas.

Para que serve ESG?

O ESG é utilizado como indicador e métrica de ações e resultados, e tem papel primordial na mensuração do valor da empresa como um todo.

Conclusão

Diante do exposto, é evidente a importância do ESG não apenas para as empresas, mas para a sociedade com um todo.

Por ter critérios que englobam melhorias na vida corporativa, em sociedade e ambiental, o ESG deve ser uma realidade em todo o mercado econômico.

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