O espaço delas: conheça o Women in Law Mentoring Brazil

08/03/2017
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Segundo o IBGE (2010), homens possuem superioridade salarial de 29,04% em relação às mulheres. Se formos levar em consideração o grau de instrução, a diferença entre a população com primeiro grau é de 16,63% a mais para homens e, para profissionais com ensino superior completo, é de 38,13%. Ou seja, quanto maior o grau de estudo, maior a desigualdade entre os salários.

Em contrapartida, uma pesquisa da Catalyst descobriu que empresas com mais diversidade na diretoria superam aquelas com menor diversidade em três medidas financeiras: rentabilidade de capital (53% mais alta), rendimento de vendas (42% mais alto) e retorno sobre capital investido (66% mais alto).

Motivadas por este cenário e pela leitura de ‘Faça acontecer – Mulheres, trabalho e vontade de liderar’, da COO do Facebook Sheryl Sandberg, quatro advogadas (Ana Amélia Ramos Abreu, Ana Paula Yurgel, Raquel Stein e Ana Carolina Tavares Torres) resolveram se reunir para discutir a situação das mulheres no mercado de trabalho.

Uma delas foi a Dra. Ana Carolina Tavares Torres, atualmente gerente executiva jurídica do Grupo RBS em Porto Alegre e quem falou conosco sobre o projeto Women in Law Mentoring Brazil.

De despretensiosos encontros para discussão surgiu a ideia de criar um programa de mentoring exclusivo para profissionais jurídicas mulheres. Isto é, uma espécie de apadrinhamento de profissionais mais experientes no mercado para quem está dando seus primeiros passos no mercado de trabalho.

Inicialmente, um grupo formado por 8 mentoras, uma especialista em mentoria e 8 mentoradas deu início, em maio de 2015, ao Women in Law Mentoring Brazil.

Foto de Cristine Pedroso.

Nos encontros, que acontecem em média uma vez por mês, mentoras trocam experiências e trazem conselhos de carreira e comportamento às mentoradas. As dicas vão desde questões cotidianas do dia a dia jurídico, como melhoria de produtividade, identificação de tendências da área, redação e gerenciamento de redes sociais, até aspectos emocionais, como autoconfiança.

“As mulheres hoje chegam até um patamar e depois disso elas não conseguem mais subir. Se nessa corrida de 100 estamos chegando até 50, nossa ideia é que essas meninas comecem essa corrida mais à frente do que nós começamos e a partir daí elas possam ir mais à frente também”, conta Dra. Ana Carolina Tavares Torres. “Metade da força de trabalho é feminina, mas até o nível de gerência”, conclui.

As inscrições para o projeto são abertas em períodos específicos, informados pela internet. Atualmente, o Women in Law Mentoring Brazil não se restringe ao Rio Grande do Sul e possui profissionais de outros estados.

Para ser mentorada, é necessário ter até 5 anos de formação em Direito e características de liderança. Para ingressar como mentora, é preciso condição de liderança reconhecida pelos seus pares de mercado, além de experiência de vida e muita responsabilidade.

O projeto ainda oferece consultorias e palestras em empresas e associações, esclarecendo e expondo as vantagens do empoderamento feminino dentro do espaço corporativo, treinamento sobre apresentações, comportamento nas redes sociais, entre outros.

Este é, inclusive, um dos principais objetivos do grupo para este ano (ou para este ciclo, como costumam chamar dentro do projeto), além de constituir uma pessoa jurídica e criar seu site, já que hoje contam apenas com página no Facebook e Linkedin.

“No ano de 2016, tivemos 18 mentoradas no programa. Nossa ideia para 2017 é continuar aumentando o número de participantes ou dobrá-lo”, conta Ana Carolina.

Saiba mais sobre o projeto em www.facebook.com/womeninlawmentoring

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  1. Quero participar. Achei uma iniciativa muito interessante. E creio que mesmo com uma experiência de 12 anos de mercado o grupo será de grande valia para o meu desenvolvimento profissional. Obrigada.