Embalados pela desilusão da justiça muitos advogados tornaram-se também professores, consultores, coaches, mediadores, conciliadores e agora consteladores. Uma sábia decisão, que bom que tem sido assim, pois novas ocupações sugerem o aprendizado de novas habilidades e possibilidades. Não sabemos tudo, por isso mesmo temos que acreditar que a busca continua. Além disso, somos muito mais do que fazemos, como um nobre pensador da Advocacia Sistêmica, Peter Senge: “você não é o seu cargo ou função”.
Todas essas atividades são em si competências dos advogados nesse paradigma atual. O desafio do profissional “do futuro” é compreender a sistêmica da vida, adotando como hábito um novo modo de observar a dita realidade. A construção de novos significados para a justiça, a liberdade e o modo de operar o Direito permitirá novos comportamentos.
Para que exercer uma Advocacia Sistêmica?
Para exercer uma advocacia que faça sentido em sua vida, que esteja alinhada com seus valores pessoais e propósitos profissionais;
Para que a justiça seja cada vez mais humanizada e aproximada do Direito, não somente instrumentalizada;
Para que o cliente seja compreendido como ser humano, não somente como um número de processo;
Para que você faça parte de um movimento de pacificação social por meio do seu trabalho, das suas competências e aspirações;
Para realmente deixar um legado aos que virão!
O que é Advocacia Sistêmica?
É o exercício da advocacia sob o paradigma do Pensamento Sistêmico. Ao desenvolver competências essenciais, o advogado facilita a ampliação de consciência de seus clientes, convidando-os a percepção ou visualização sistêmica dos contextos, relações, padrões, processos e origem do conflito. Assim, contribui com a humanização, consenso, pacificação social e criação de novos paradigmas jurídicos baseados numa visão de mundo sistêmica.
É um novo modo de exercer a advocacia: mais estratégico, humanizado e consensual.
Estratégico porque utiliza um Modelo de Gestão em que a vantagem competitiva do escritório está centrada nas competências relacionais do advogado e nos recursos de visualização sistêmica que permitem a ampliação de consciência do cliente em relação ao conflito.
Humanizado porque o advogado utiliza o Pensamento Sistêmico ao observar seu cliente como um ser humano integral, emocional, com seus contextos e relações com todos os envolvidos no conflito. com um olhar para o todo.
Consensual porque prioriza a reconstrução do diálogo entre as partes e o uso dos meios adequados de solução de conflitos de interesse, em detrimento do modo litigante focado na solução da demanda.
Quais são essas Competências Essenciais?
- não julgamento;
- mente aberta;
- estado adequado;
- ambiente seguro;
- enquadramentos;
- escuta ativa, apoio e rapport;
- empatia sistêmica;
- metaperguntas;
- feedback adequado;
- exercícios sistêmicos etc.
Como exercer na prática?
Implementando o Modelo de Gestão da Advocacia Sistêmica. É o modo como o escritório organiza seus serviços, estruturas, pessoas, identidade e propósito, seguindo um conceito, no nosso caso a abordagem sistêmica. O escritório possui “uma alma”.
O foco desse Modelo é bem diferente dos demais que existem no mercado jurídico. Ele considera como base o Pensamento Sistêmico e cinco metodologias, dentre elas as constelações familiares, base do Direito Sistêmico.
Com ele o escritório posiciona-se no mercado respondendo as seguintes questões:
- Como nós desenvolveríamos nossas competências essenciais?
- Como seria a postura sistêmica no atendimento humanizado?
- Como seria nosso olhar sistêmico para cada conflito?
- Como seria a consultoria jurídico-sistêmica?
- Como seria o marketing jurídico?
- Quem se interessaria em procurar o escritório?
- Como seria nosso ambiente interno?
- Como as pessoas se sentiriam lá dentro?
- Como nós trabalharíamos?
- Como produziríamos valor aos clientes?
Estamos aprendendo em grupo a cada dia, fazer parte de algo transformador, com pessoas que compartilham a mesma missão e propósito. Nós apenas criamos um espaço, uma oportunidade dos advogados sistêmicos se encontrarem e colocarem em prática a advocacia que acreditam.