Segundo dados de 2015 do IBGE, no Brasil há cerca de 4,3 milhões de profissionais autônomos.
Se fizermos um questionário às pessoas, perguntando o que elas acham de trabalharem de modo independente, provavelmente a maioria delas associará a palavras como liberdade e independência.
Resumindo: todos verão a possibilidade maneira positiva. Mas o que poucos imaginam é que, como a configuração do modo de trabalho é diferente, ser autônomo cria novos desafios.
Planejar
Um erro bem comum de alguns profissionais autônomos é não mensurar a importância de um bom planejamento, simplesmente porque não tem de prestar contas a ninguém.
É o famoso ‘está tudo aqui dentro da cabeça’, quando na verdade os planos deveriam estar documentados.
“Passar para o papel” o que se pretende é uma forma do profissional assumir um compromisso consigo mesmo.
Quando os projetos de crescimento estão apenas pensados (e não documentados), se tornam abstratos e acabam sofrendo várias alterações, sem ter metas concretas e traçadas a médio e longo prazo.
Outra característica é que o ganho mensal de um autônomo não é fixo e pode variar de acordo com os casos e trabalhos que atender. Novamente surge a necessidade do planejamento. Dessa forma, o profissional poderá converter esta inconsistência que existe de um mês para outro numa progressão.
Ser autogerenciável
Embora pareça óbvio, é importante lembrar que, como não estão inseridos em uma hierarquia empresarial, os advogados autônomos são seus próprios chefes.
Tomar decisões, priorizar atividades e lidar com dificuldades são tarefas recorrentes, assim como ter a compreensão global de tudo o que está acontecendo com seus clientes e trabalhos.
Muitos afazeres do dia-a-dia são monótonos. Aqui a sugestão é optar pela automação para facilitar a autogestão: contratar um software jurídico para fazer as tarefas repetitivas que podem ser “ladrões de tempo” para o trabalho criativo do advogado.
Podemos usar como exemplo a consulta dos andamentos processuais, tarefa exaustiva que o profissional precisa fazer todos os dias, visitando os sites dos tribunais e clipando os documentos e as movimentações às pastas. Tudo isso o advogado pode contar com a ajuda do software.
Conquistar networking
Prospectar clientes talvez seja o maior desafio, já que a estrutura de um autônomo é menor, não contém placa nem uma sala que tenha boa visibilidade de quem passa em frente ao escritório.
Além, claro, do número de contatos ser menor, pois trata-se de apenas um profissional. Por isso é importante estar sempre atento ao networking, buscando ampliá-lo:
• Participando de eventos e palestras que reúnam outros profissionais da área;
• Criando espaços na internet sempre atualizados e com conteúdo relevante de formação (um site, um blog, o LinkedIn);
• Especializando-se naquilo que você mais gosta no direito. Isso também auxiliará na escolha dos eventos e dos contatos que você precisará para ampliar sua rede.
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Autor: Tiago Fachini
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- Especialista em Marketing Jurídico
- Palestrante, professor e um apaixonado por um mundo jurídico cada vez mais inteligente e eficiente.